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segunda-feira, 28 de julho de 2014

A Nota Publica abaixo foi aprovada e publicizada ontem Pelo Nosso Comitê das Nações Unidas sobre OS DIREITOS da Criança.

Declaração do Comitê sobre os Direitos da Criança sobre o impacto da situação nos territórios ocupados da Faixa de Gaza 

A Nota Publica abaixo foi aprovada e publicizada ontem Pelo Nosso Comitê das Nações Unidas sobre OS DIREITOS da Criança. 

 

GENEBRA (24 de Julho de 2014) - O Comitê das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança, manifesta a sua consternação profunda acerca do impacto devastador e duradouro da operação militar israelense "Borda de proteção" na Faixa de Gaza, o que resultou na morte de mais de 600 palestinos, incluindo pelo menos 147 crianças, como deplorava na declaração entregue à Sessão especial do Conselho de Direitos Humanos, Navi Pillay, pela Sra., alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos em 23 de julho de 2014. 

Muitas outras crianças em Gaza foram feridos, perderam os pais ou outros entes queridos, e foram deixadas profundamente traumatizadas. 

A destruição dirigidas a casas, escolas, hospitais e outras instalações também estão afetando gravemente as crianças e privando-as de seus direitos. 

Além disso, um número muito grande de crianças palestinas e israelenses viveram sob o terror das explosões ao longo das últimas semanas, causadas por ataques de foguetes, ataques aéreos e bombardeios. 

Todas as partes envolvidas no conflito devem cumprir as suas obrigações para fornecer proteção especial para crianças. O Comitê lembra que o direito internacional dos direitos humanos, incluindo a Convenção, dispõe sobre os Direitos da Criança, ratificada, aplica-se em todos os momentos, inclusive em situações de conflito armado. Recorda a este respeito as suas observações finais adotadas em 2010 sobre a análise do relatório inicial de Israel sobre a implementação do Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança relativo ao envolvimento de crianças em conflitos armados, em que "... insta o Estado a: (a) Tomar medidas imediatas para cumprir com os princípios fundamentais da proporcionalidade e da distinção consagrados na lei humanitária, incluindo a Convenção de Genebra relativa à Protecção das Pessoas Civis em Tempo de Guerra, de 1949, que estabelecem os padrões mínimos para a proteção de civis em conflitos armados; (b) Prestar especial atenção ao direito à vida de crianças palestinas ... "(CRC/C/OPAC/ISR/CO/1, Para.11). 

A Comissão apela a um cessar-fogo imediato para parar o espiral de violência, proteger os civis (em particular as crianças), e lançar as bases para uma paz sustentável. 

O Comitê reitera apelos a uma investigação rápida, imparcial, independente e eficaz sobre as alegações credíveis de violações de direitos no âmbito da Convenção, e para este fim saúda a decisão do Conselho de Direitos Humanos por estabelecer uma comissão de inquérito sobre o assunto.


Wanderlino Nogueira Neto
Membro do Comitê das Nações Unidas para os Direitos da Criança

domingo, 20 de julho de 2014

Sobre o morrer - RUBEM ALVES

RUBEM ALVES

Sobre o morrer



Tenho terror de ser enganado. Se estiver para morrer, que me digam. Quero tempo para escrever o meu haikai

"NINGUÉM QUER morrer. Mesmo as pessoas que querem chegar ao paraíso. Mas a morte é o destino de todos nós." (Steve Jobs)
Odeio a ideia de morte repentina, embora todos achem que é a melhor. Discordo. Tremo ao pensar que o jaguar negro possa estar à espreita na próxima esquina. Não quero que seja súbita. Quero tempo para escrever o meu haikai.
Mallarmé tinha o sonho de escrever um livro com uma palavra só. Achei-o louco. Depois compreendi. Para escrever um livro assim, de uma palavra só, seria preciso ter-se tornado sábio, infinitamente sábio. Tão sábio que soubesse qual é a última palavra, aquela que permanece solitária depois que todas as outras se calaram. Mas isso é coisa que só a Morte ensina. Mallarmé certamente era seu discípulo.
O último haikai é isto: o esforço supremo para dizer a beleza simples da vida que se vai. Tenho terror de ser enganado. Se estiver para morrer, que me digam. Se me disserem que ainda me restam dez anos, continuarei a ser tolo, mosca agitada na teia das me-díocres, mesquinhas rotinas do cotidiano. Mas se só me restam seis meses, então tudo se torna repentinamente puro e luminoso. Os não essenciais se despregam do corpo, como escamas inúteis.
A Morte me informa sobre o que realmente importa. Me daria ao luxo de escolher as pessoas com quem conversar. E poderia ficar em silêncio, se o desejasse. Perante a morte tudo é desculpável... Creio que não mais leria prosa. Com algumas exceções: Nietzsche, Camus, Guimarães Rosa. Todos eles foram aprendizes da mesma mestra. E certo que não perderia um segundo com filosofia. E me dedicaria à poesia com uma volúpia que até hoje não me permiti. Porque a poesia pertence ao clima de verdade e encanto que a Morte instaura. E ouviria mais Bach e Beethoven. Além de usar meu tempo no prazer de cuidar do meu jardim...
Curioso que a Morte nada tenha a dizer sobre si mesma. Quem sabe sobre a Morte são os vivos. A Morte, ao contrário, só fala sobre a Vida, e depois do seu olhar tudo fica com aquele ar de "ausência que se demora, uma despedida pronta a cumprir-se" (Cecília Meireles). E ela nos faz sempre a mesma pergunta: "Afinal, que é que você está esperando?" Como dizia o bruxo D. Juan ao seu aprendiz:
"A morte é a única conselheira sábia que temos. Sempre que você sentir que tudo vai de mal a pior e que você está a ponto de ser aniquilado, volte-se para a sua Morte e pergunte-lhe se isso é verdade.
Sua Morte lhe dirá que você está errado. Nada realmente importa fora do seu toque... Sua Morte o encarará e lhe dirá: 'Ainda não o toquei...'"
E o feiticeiro concluiu: "Um de nós tem de mudar, e rápido. Um de nós tem de aprender que a Morte é caçadora, e está sempre à nossa esquerda. Um de nós tem de aceitar o conselho da Morte e abandonar a maldita mesquinharia que acompanha os homens que vivem suas vidas como se a Morte não os fosse tocar nunca".
Às vezes ela chega perto demais, o susto é infinito, e até deixa no corpo marcas de sua passagem. Mas se tivermos coragem para a olharmos de frente é certo que ficaremos sábios e a vida ganhará simplicidade e a beleza de um haikai.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

"Quem sabe faz a hora, não espera acontecer"

Agora esperamos que as ações que foram feitas para garantir uma copa padrão FIFA, nas cidades sedes, continuem como AGENDA DE CONVERGENCIA PARA PROTEÇÃO INTEGRAL DOS DIREITOS HUMANOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES: Com o PLANTÃO INTEGRADO, pois as violações continuarão (gostaria que fossemos campeões na Erradicação do Trabalho Infântil, na Erradicação das Violências que nossas crianças e adolescente são submetidas).

Que façamos valer o que dispõe o Estatuto da Criança e Adolescente na sua integra, haja vista que neste próximo Domingo 13 de Julho este completará 24 anos, e percebemos que quando o Governo quer ele faz pois em um 1 mês, em 1 mês conseguimos, aqui, em Fortaleza vagas em unidades de acolhimentos, melhorias em alguns Conselhos Tutelares, fazer com que o SGD funcionasse acontento e articulado.

"Quem sabe faz a hora, não espera acontecer"