"Nada a temer
senão o correr da luta / Nada a fazer senão esquecer o medo /
Abrir o peito à força, numa procura / fugir às armadilhas da mata escura”.
(Música Caçador de mim, de Milton Nascimento).
Com o tema CEBs: JUSTIÇA E PROFECIA A SERVIÇO DA VIDA, e o
lema: CEBs, ROMEIRAS DO REINO NO CAMPO E NA CIDADE, dias 31/05 e 1 e 2 de junho
de 2013, aconteceu, em uma Escola Estadual, em Ressaquinha, MG, o XXVIII
Encontro de CEBs da Região Sul da Arquidiocese de Mariana, MG. Participaram
cerca de cem lideranças de muitas Comunidades Eclesiais de Base – CEBs - de várias
paróquias, participantes de várias pastorais da Igreja Católica, de pastorais
sociais e de movimentos sociais populares. Os/as participantes foram hospedados
graciosamente em casas de famílias da Paróquia São José, em Ressaquinha. Entre
celebrações, animação, convivência, troca de experiência e reflexão sobre o
tema, acima, o Encontro se deu, sob assessoria nossa. Que
beleza a prioridade
que a Arquidiocese de Mariana dá ao acompanhamento das CEBs, com Roteiros de
Reflexão, com milhares de cópias, para semanalmente subsidiar os Grupos de
Reflexão que, com um olho na Bíblia e outro na realidade dos pobres, vão
tecendo relações humanas, cultivando a vida em comunidades e conjuntamente
buscando solução para os problemas que afligem a vida do povo. Entre vários
movimentos populares, animados pelas CEBs, há em Barbacena o Movimento
Cidadania Já, que vem lutando por Política com ética. Eis, abaixo, um pouco do
que refletimos no Encontro.
1 - Luta por justiça, o que é isso?
"Prova de amor maior não há que doar a vida pelo irmão...”
Essa foi a primeira música religiosa que aprendi na minha vida. Já assisti umas
trinta vezes ao filme ROMERO, de John Duigan, sobre a conversão, a opção pelos
pobres e o martírio de Dom Oscar Romero. Sinto que é mais do que verdade o que
disse dom Oscar Romero na iminência de ser assassinado: "se me matam,
ressuscitarei na luta do meu povo”. De forma organizada, com fé no Deus da
vida, fé nos pequenos, nos/as companheiros/as e em si mesmo, o povo das CEBs
segue lutando por justiça, rompendo os grilhões que o aprisionam.
Jesus, ressuscitado e presente no nosso meio, testemunha um
caminho de salvação não tanto porque sofreu demais, mas porque amou demais.
Jesus se doou integralmente. Viveu consolando os aflitos e afligindo os
consolados. Colocar a vida em risco por amor aos pobres que, em movimento, se
rebelam contra todas as opressões, é estar em sintonia com Jesus e com seu
projeto. Diante de tantas injustiças que bradam aos céus não dá para ficar
calado. "Se calarem a voz dos profetas, as pedras falarão.” (Lc 19, 40).
A melhor forma de ser solidário com uma pessoa ameaçada de
morte (e de ressurreição) é entrar para a luta também. O dia que aumentar o
número de pessoas na luta seremos como o povo hebreu no Egito: "um povo
numeroso e forte.” Aí não será mais possível os chefes dos sistemas opressores
matarem Chico Mendes, no Acre; Padre Ezequiel Ramin, em Rondônia; Padre Josimo
Tavares, em Imperatriz, MA; Irmã Dorothy e os Sem Terra, no Pará; Padre
Gabriel, no Espírito Santo; Francisco Anselmo e Dorcelina Follador, no Mato
Grosso do Sul; Os fiscais em Unaí, MG; Os Sem Terra, em Felisburgo, MG e ...
Não poderão mais matar ninguém para tentar intimidar outros.
Nos últimos tempos, o Império do capital impôs a mais pesada
sexta-feira santa sobre a humanidade, sobre a mãe terra, sobre a irmã água,
sobre a flora e a fauna. Há devastação socioambiental, o que gera sofrimento em
demasia. A via-sacra imposta a milhões de injustiçados não tem apenas 15
estações, mas está se tornando sem fim.
Jesus foi condenado à morte pelos poderes político,
religioso e econômico. Deus pai jamais quis que seu filho fosse crucificado.
Por amor, Deus ressuscitou Jesus. O germe da vida está inoculado em tudo. Com a
ressurreição de Jesus as utopias jamais morrerão; os sonhos de libertação
jamais serão pesadelos; a luta dos pequenos será sempre vitoriosa (ainda que
custe muito suor e, às vezes, sangue); as forças da Vida terão sempre a última
palavra. A vida prevalecerá sobre a morte; a ética sobre a corrupção; a verdade
sobre a mentira; o bem sobre o mal; a solidariedade sobre o egoísmo; o amor ao
próximo sobre o egocentrismo; a justiça sobre as injustiças. Por mais cruéis
que sejam, todas as tiranias e guerras passarão! As crianças, as pessoas com
deficiência e todos que se regem pela lógica do amor triunfarão. Nisso cremos e
por isso lutamos.
Se olharmos, com benevolência, com os olhos do coração, em
volta e no mais profundo das relações humanas, veremos, surpresos, que os
sinais de Páscoa superam os sinais de morte. Vejam! Atenção! No ventre de uma
grande noite escura, em muitas lutas, grandes e pequenas, umas visíveis e
outras invisíveis, está em gestação uma radiante transformação, um novo
paradigma de convivência onde não seja tão difícil tratarmos os seres da
natureza com compaixão e nosso próximo com humanidade e com cuidado.
É hora de refletirmos: Como ser solidário lutando por
justiça? Qual a diferença entre fazer solidariedade e lutar por justiça?
2 - PROFECIA, o que é isso?
"Não deixe morrer a profecia.” (Dom Hélder Câmara)
Os profetas e as profetisas da Bíblia não tinham um canal de
comunicação direta com Deus, como se fossem pessoas privilegiadas. Deus não
ditava-lhes as profecias. Devemos sepultar, de uma vez por todas, essa ideia
que só serve para impedir as pessoas simples de desenvolverem a capacidade
profética que todos nós temos. Não precisamos ficar lamentando: "Ah, se eu
fosse Jeremias, se eu fosse Elias, ou Ezequiel, ou Amós, ou Oséias.”. Os
profetas e profetisas da Bíblia eram pessoas do povo. Conseguiram desenvolver
toda a beleza, a grandeza e a dignidade humana existente neles. Isto é possível
a qualquer pessoa que se coloque em sintonia com a realidade do povo simples,
na perspectiva da fé libertadora.
Os profetas e as profetisas são pessoas com corações
sonhadores, pés cravados no chão, mãos sujas na labuta e cabeça erguida. Nas
palavras e no testemunho, Paulo Freire disse para nós: "Ai daqueles e daquelas
que pararem com a sua capacidade de sonhar, de inventar a sua coragem de
denunciar e de anunciar. Ai daqueles que, em lugar de visitar de vez em quando
o amanhã, o futuro, pelo profundo engajamento com o hoje, com o aqui e com o
agora, se atrelam a um passado de exploração e de rotina”(1).
Sentindo-me na pele dos Sem Terra, dos sem teto, das pessoas
injustiçadas, convido você para visitar algumas profecias bíblicas de Elias, de
Amós, de Miqueias e de Jesus de Nazaré, na esperança de que possam iluminar
nossas consciências e aquecer nossos corações para discernirmos bem e
comprometermos de fato com a causa dos pobres que, com fé libertadora, lutam
por justiça social, justiça ambiental, justiça agrária...
Em meados do século XIX a.C., o profeta Elias ferveu o
sangue de indignação quando ouviu e viu que o rei Acab, a primeira dama Jezabel
e latifundiários estavam reforçando a latifundiarização da terra prometida pelo
Deus da vida ao povo Sem Terra, filhos/as de Abraão e Sara. A terra para o povo
da Bíblia é herança de Deus, deve ser passada de pai para filho para usufruto e
jamais ser considerada uma mercadoria. "Javé me livre de vender a herança de
meus pais” (I Rs 21,3), respondeu Nabot, um pequeno agricultor, ao receber uma
proposta indecorosa do rei que desejava comprar seu sítio para anexá-lo ao
grande latifúndio que já tinha acumulado. O rei Acab se irritou com a
resistência de Nabot. Jezabel, rainha adepta do ídolo Baal, manipulou a
religião e a justiça para roubar a terra do pequeno posseiro. Caluniou,
criminalizou e demonizou Nabot que, com o beneplácito do poder judiciário, foi
condenado à pena de morte na forma de apedrejamento, morte que mata aos poucos.
Hoje, o "apedrejamento” aos empobrecidos acontece por meio de calúnias,
humilhações e, muitas vezes, com o veredicto do Estado, através do poder
judiciário. Mais de seis milhões de indígenas e outros seis milhões de negros,
como Nabot, foram "apedrejados” no Brasil.
Mas a opressão dos pobres e o sangue dos mártires suscitam
profetas. O profeta Elias, ao ouvir que o rei Acab estava invadindo o pequeno
sítio de Nabot, após o ter matado, em alto e bom som, profetizou: "Você matou,
e ainda por cima está roubando? Por isso, assim diz Javé (Deus solidário e
libertador): No mesmo lugar em que os cães lamberam o sangue de Nabot, lamberão
também o seu. Farei cair sobre você a desgraça” (I Rs 21,19.21). Acab
desencadeou uma grande perseguição ao profeta Elias, que fugiu, mas refez sua
opção pelo Deus da vida e continuou a luta ao descobrir que não estava sozinho
na luta. Outros sete mil profetas conspiravam ao lado dele na luta contra as
injustiças. Elias inspirou Eliseu, que inspirou Jesus de Nazaré, que inspira
milhões de pessoas cristãs pelo mundo afora. Acab teve morte parecida com a do
general Garrastazu Médici, que, após liderar anos de chumbo no Brasil, morreu
carcomido por um câncer.
Por volta de 760 a.C., o profeta Amós, camponês sem-terra,
insurge contra a injustiça social. Em Am 4,1-3, do coração de Amós brada: "OUVI
esta palavra, vacas de Basã, que estais sobre monte de Samaria, que oprimis os
fracos, que esmagais os excluídos, que dizeis aos vossos senhores: "Trazei-nos
o que beber!”. O Senhor Javé jurou, pela sua santidade: sim, dias virão sobre
vós, em que vos carregarão com ganchos e a vossos descendentes com arpões (de
pesca).”
A expressão "vacas de Basã” adquire um sentido mais
verdadeiro dentro da cultura bíblica se o termo "vacas” não for utilizado em
relação a mulheres, mas a homens, aqueles que quiseram ser como os touros de
Basã, que pela sua força se tornaram "vacas”, com conotação depreciativa. Na
profecia de Amós está uma crítica veemente e contundente aos agentes e
mecanismos de exploração e opressão dos camponeses empobrecidos sob o
(des)governo expansionista do rei Jeroboão II e sob as condições de um
incremento de relações de empréstimos e dívidas entre pessoas do próprio povo
no século VIII a.C.. Amós tem consciência de que o problema fundamental da
injustiça reinante na sociedade não é fruto somente de fraquezas pessoais, mas
tem como causa motriz estruturas sócio-econômico-político-cultural e religiosas
que engrenam uma máquina de moer pessoas.
Camponês de origem, o profeta Miqueias captou os sussurros
do Deus da vida no final do século VIII a.C., quando o território de seu povo
estava sendo devastado pelos assírios imperialistas. Para Miqueias, a cobiça e
as injustiças sociais deixam Deus possuído por uma ira santa. "São vocês os
inimigos do meu povo: de quem está sem o manto (como os Sem Terra de hoje),
vocês exigem a veste; vocês expulsam da felicidade de seus lares as mulheres do
meu povo (como milhares de meninas que são empurradas para a prostituição
infanto-juvenil), e tiram dos filhos a liberdade que eu lhes tinha dado para
sempre (como a juventude que, jogada nas garras do narcotráfico, está sendo
dizimada pela guerra civil não declarada.). (Miq 2,8-9).
Após libertar das garras dos faraós no Egito e marchar 40
anos pelo deserto, o povo oprimido da Bíblia conquista a terra prometida que
estava em mãos de grileiros cananeus, os territórios foram sorteados fraternalmente,
para que cada família tivesse o seu lote. Democratizaram o acesso a terra. Mas
após alguns séculos, os enriquecidos, pouco a pouco, invadiram cada vez mais
campos e territórios. Assim, multidões de sem-terra foram jogados na miséria,
impossibilitados de ter a sua parte na terra do povo de Deus.
Vindo da roça, Miqueias, ao chegar à capital Jerusalém, se
defronta com os enriquecidos e com políticos e religiosos profissionais e os
acusa de roubar casas e campos para se tornarem latifundiários. "Ai daqueles
que, deitados na cama, ficam planejando a injustiça e tramando o mal! É só o
dia amanhecer, já o executam, porque têm o poder em suas mãos. Cobiçam campos,
e os roubam.” (Miq 2,1-2).
Miqueias mostra que a riqueza deles se baseia na miséria de
muitos e tem como alicerce a carne e o sangue do povo. "Essa gente tem mãos
habilidosas para praticar o mal: o príncipe exige, o juiz se deixa comprar, o
grande mostra a sua ambição. E assim distorcem tudo. O melhor deles é como
espinheiro, o mais correto deles parece uma cerca de espinhos! O dia anunciado
pela sentinela, o dia do castigo chegou: agora é a ruína deles.” (Miq 7,3-4).
O galileu de Nazaré se tornou Cristo, filho de Deus. Como
camponês, deve ter feito muitos calos nas mãos, na enxada e na carpintaria, ao
lado do seu pai José. Os evangelhos fazem questão de dizer que Jesus nasceu em
Belém, (em hebraico, "casa do pão” para todos), cidade pequena do interior. "És
tu Belém a menor entre todas as cidades, mas é de ti que virá o salvador”, diz
o evangelho de Mateus. (Mt 2,6).
É hora de refletir: O que de fato é profecia? Quem é profeta
ou profetisa para nós? Como podemos e devemos ser profetas ou profetisas?
3 - SERVIÇO À VIDA, o que é isso? Que tipo de serviço as
CEBs devem continuar prestando?
Os relatos dos evangelhos sobre a partilha dos pães nos
ensinam como atacar pela raiz os problemas da fome, da doença e da injustiça.
Ensina-nos como devemos servir à vida de forma libertadora, não ingênua.
Vejamos!
A fome era um problema tão sério na vida dos primeiros
cristãos e cristãs, que os quatro evangelhos da Bíblia relatam Jesus
partilhando pães e saciando a fome do povo (cf. Mt 14,13-21; Mc 6,32-44; Lc
9,10-17 e Jo 6,1-13). Mateus mostra que o povo faminto "vem das cidades”, ou
seja, as cidades, ao invés de serem locais de exercício da cidadania, se
tornaram espaços de exclusão e de violência sobre os corpos humanos.
"Jesus atravessa para a outra margem do mar da Galileia” (Jo
6,1), entra no mundo dos gentios, dos pagãos, dos impuros, enfim, dos
excluídos. Jesus não fica no mundo dos incluídos, mas estabelece comunicação
efetiva e afetiva entre os dois mundos, o dos incluídos e o dos excluídos.
Assim, tabus e preconceitos começam a se desmoronar.
Profundamente comovido, porque "os pobres estão como ovelhas
sem pastor” (Mc 6,34), Jesus percebe que os governantes e líderes da sociedade
não estavam sendo libertadores, mas estavam colocando grandes fardos pesados
nas costas do povo. Com olhar altivo e penetrante, Jesus vê uma grande multidão
de famintos que vem ao seu encontro, só no Brasil são milhões de pessoas que
têm os corpos implodidos pela bomba silenciosa da fome.
Jesus não sentiu medo dos pobres, encarou-os e procura
superar a fome que os golpeava e humilhava. Apareceram dois projetos para
resgatar a cidadania do povo faminto. O primeiro foi apresentado por Filipe:
"Onde vamos comprar pão para alimentar tanta gente?” (Jo 6,5). No mesmo tom,
outros discípulos tentavam lavar as mãos: "Despede as multidões para que vão
aos povoados comprar alimento para si.” (Mt 14,15). Filipe está dentro do
mercado e pensa a partir do mercado. Está pensando que o mercado é um deus
capaz de salvar as pessoas. Cheio de boas intenções, Filipe não percebe que
está enjaulado na idolatria do mercado.
O segundo projeto é posto à baila por André, um outro
discípulo de Jesus, que, mesmo se sentindo fraco, acaba revelando: "Eis um
menino com cinco pães e dois peixes” (Jo 6,9). Jesus acorda nos discípulos e
discípulas a responsabilidade social, ao dizer: "Vocês mesmos devem alimentar
os famintos” (Mt 14,16). Jesus quer mãos à obra. Nada de desculpas esfarrapadas
e racionalizações que tranquilizam consciências. Jesus pulou de alegria e,
abraçando o projeto que vem de André (= humano, em grego), anima o povo a
"sentar na grama” (Jo 6,10). Aqui aparecem duas características fundamentais do
processo protagonizado por Jesus para levar o povo da exclusão à cidadania.
Jesus convida o povo para sentar-se. Por quê? Na sociedade escravocrata do
império romano somente as pessoas livres, cidadãs, podiam comer sentadas. Os
escravos deviam comer de pé, pois não podiam perder tempo de trabalho. Era só
engolir e retomar o serviço árduo. Um terço da população era escrava e outro
terço, semiescrava. Logo, quando Jesus inspira o povo para sentar-se, ele está,
em outros termos, defendendo que os escravos têm direitos e devem ser tratados
como cidadãos.
Por que sentar na grama? A referência à existência de
"grama” no local indica que o povo está no campo, na zona rural, e é a partir
de uma reorganização da vida no campo que poderá advir uma solução radical para
a fome que aflige o povo nas cidades. Em outras palavras, o combate que liberta
da fome passa necessariamente pela realização de uma autêntica Reforma Agrária.
Não dá para continuar a iníqua estrutura fundiária no Brasil, com 2% da
população sendo proprietária de 50% da terra brasileira. Mais: apenas 10% das
terras férteis brasileiras são usadas para a agricultura.
Jesus estimula a organização dos famintos. "Sentem-se, em
grupos de cem, de cinqüenta, de dez...” (Mc 6,40). Assim Jesus e os primeiros
cristãos nos inspiram que a resolução do problema da fome só será superado
quando o povo marginalizado e excluído se organizar. Jesus provoca a
solidariedade conclamando para a organização dos marginalizados como meio para
se chegar à cidadania que não é apenas participar da sociedade, mas
transformá-la.
Belo Horizonte, MG, Brasil, 03 de junho de 2013.
www.gilvander.org.br – gilvanderlm@gmail.com
Nota:
(1) ANA INÊS SOUZA (org.), Paulo Freire, vida e obra, Ed. Expressão
Popular, São Paulo, 2002, p. 20.
Fonte: ADITAL