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sábado, 23 de novembro de 2013

Seremos uma célula cancerígena a ser extirpada?


Seremos uma célula cancerígena a ser extirpada?

23/11/2013
Há  negacionistas da Shoah (eliminação de milhões de judeus nos campos nazistas de extermínio) e há negacionistas das mudanças climáticas da Terra. O primeiros recebem o desdém de toda a humanidade. Os segundos, que até há pouco sorriam cinicamente, agora veem dia a dia suas convicções sendo refutadas pelos fatos inegáveis. Só se mantem coagindo cientistas para não dizerem tudo o que sabem como foi denunciado por diferentes e sérios meios alternativos de comunição. É a razão ensandecida que busca a acumulação de riqueza sem qualquer outra consideração.
Em tempos recentes temos conhecido eventos extremos da maior gravidade: Katrina e Sandy nos USA, tufões terríveis no Paquistão e em Bengladesh, o tsunami no Sudeste da Ásia e o tufão  no Japão que perigosamente danificou as usinas nucleares em Fukushina e ultimamente o avassalador tufão Haiyan nas Filipinas com milhares de vítimas.
Sabe-se hoje que a tempertura do Pacífico tropical, de onde nascem os principais tufões, ficava normalmente abaixo de 19,2ºC. As águas marítimas foram aquecendo a ponto de a partir de 1976 ficarem por volta de 25ºC e a partir de 1997/1998 alcançaram 30ºC. Tal fato produz grande evaporação de água. Os eventos extremos ocorrem a partir de 26ªC. Com o aquecimento, os tufões estão acontecendo com cada vez mais frequência e maior velocidade. Em 1951 eram de 240 km/h; em 1960-1980 subiram para 275 km/h; em 2006 chegaram a 306 km/h e em 2013 aos terrificantes 380 km/h.
Nos últimos meses quatro relatórios oficiais de organismos ligados a ONU lançaram veemente alerta sobre as graves consequência do crescente aquecimento global. Com 90% de certeza é comprovadamente provocado pela atividade irresponsável dos seres humanos e dos países industrializados.
Em setembro o IPPC que articula mais de mil cientistas o confirmou; o mesmo o fez o Programa do Meio Ambiente da ONU (PNUMA); em seguida o Relatório Internacional do Estado dos Oceanos denunciando o aumento da acidez  que por isso absorve menos C02; finalmente em 13 de novembro em Genebra a Organização Meteorológica Mundial. Todos são unânimes em afirmar que não estamos indo ao encontro do aquecimento global: já estamos dentro dele. Se nos inícios da revolução industrial o CO2 era de 280 ppm (parte de um milhão), em 1990 elevou-se a 350 ppm e hoje chegou a 450 ppm. Neste ano noticiou-se que em algumas partes do planeta já se rompeu a barreira dos 2ºC o que pode acarretar danos irreversíveis para os seres vivos.
Poucas semanas atrás, a Secretária Executiva da Convenção do Clima da ONU, Christina Figueres, em plena entrevista coletiva, desatou em choro incontido por denunciar que os países quase nada fazem para a adaptação e a mitigação do aquecimento global. Yeb Sano das Filipinas, na 19ª Convenção do Clima em Varsóvia ocorrida entre 11-22 de novembro, chorou diante de represenantes de 190 países contando o horror do tufão que dizimou seu pais, atingindo sua própria família. A maioria não pode conter as lágrimas. Mas para muitos eram lágrimas de crocodilo. Os representantes já trazem no bolso as instruções previamente tomadas por seus governos e os grandes dificultam por muitos modos qualquer consenso. Lá estão também os donos do poder no mundo, donos das minas de carvão,  muitos acionistas de petrolíferas ou de siderurgias movidas a carvão, as montadoras e outros. Todos querem que as coisas continueam como estão. É o que de pior nos pode acontecer, porque então o caminho para o abismo se torna mais direto e fatal.Por falta de consenso entre os representantes dos povos, desprezando os dados cienficos, se entende que as centenas ONGs presentes na 19.Convenção sobre o clima em Varsóvia abandonaram as discussões e em protesto foram embora.
Por que essa irracional resistência às mudanças que nos podem salvar?
Respondendo, vamos diretos à questão central: esses caos ecológico é tributado ao nosso modo de produção que devasta a natureza e alimenta a cultura do consumismo ilimitado. Ou mudamos nosso paradigma de relação para com a Terra e para com os bens e serviços naturais ou vamos irrefreavelmente ao encontro do  pior. O paradigma vigente se rege por esta lógica: quanto posso ganhar com o menor investimento possível, no mais curto lapso de tempo, com inovação tecnológica e com maior potência competitiva? A produção é para o puro e simples consumo que gera a acumulação, este, o objetivo principal. A devastação da natureza e o empobrecimento dos ecossistemas aí implicados são meras externaliddes (não  entram na contabilidade empresarial). Como a economia neoliberal se rege estritamente pela competição e não pela cooperação, se estabelece uma guerra de mercados, de todos contra todos. Quem paga a conta  são os seres humanos (injustiça social) e a natureza (injustiça ecológica).
Ocorre que a Terra não aguenta mais este tipo de guerra total contra ela. Ela precisa de um ano e meio para repor o que lhe arrancamos durante um ano. O aquecimento global é a febre que denuncia estar doente e gravemente doente.
Ou começamos a nos sentir parte da natureza e então a respeitamos como a nós mesmos, ou passamos do paradigma da conquista e da dominação para aquele do cuidado e da convivência e produzimos respeitando os ritmos naturais e dentro dos limites de cada ecossistema ou então preparemo-nos para as amargas lições que a Mãe Terra no dará. E não é excluida a possibilidade de que ela já não nos queira mais sobre sua face e se liberte de nós como nos libertamos de uma célula cancerígena. Ela continuará, coberta de cadáveres, mas sem nós. Que Deus não permita semelhante e trágico destino.

Leonardo Boff é autor de Proteger a Terra e cuidar da vida:como escapar do fim do mundo, Record, Rio de Janeiro 2011.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Operação da PF contra a pedofilia prende um suspeito em Fortaleza

Operação da PF contra a pedofilia prende um suspeito em Fortaleza

Resultado final da operação deverá ser divulgado ainda nesta terça-feira pela PF

19/11/2013
 
A Operação Glasnost, uma das maiores no combate à pedofilia no Brasil, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (19) realizou quatro mandados de busca e apreensão e uma prisão em flagrante no Ceará.
Polícia Federal realiza operação no combate à pedofilia no Brasil (FOTO: Divulgação)
Polícia Federal realiza operação no combate à pedofilia no Brasil (FOTO: Divulgação)

Com dois anos de investigação, a operação identificou quase uma centena de brasileiros envolvidos com a produção e o compartilhamento de imagens relacionadas à exploração sexual de crianças e adolescentes na internet. Cerca de 400 policiais federais participam da operação que ocorre em 11 estados brasileiros: Ceará, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas, Maranhão, Minas Gerais, Bahia e Goiás.
De acordo com a PF além dos alvos da Operação Glasnost, mais de 200 suspeitos continuam sob investigação. Entre os suspeitos foram identificados, até o momento, três abusadores sexuais. Um deles abusava sexualmente da própria filha, de apenas 5 anos de idade, e compartilhava as imagens desses abusos na internet com outros pedófilos ao redor do mundo. O resultado final da operação deverá ser divulgado ainda nesta terça-feira pela PF.


Fonte:TRIBUNA DO CEARÁ

Garota de 13 anos vivia como refém no Papicu

Garota de 13 anos vivia como refém no Papicu

Publicado em 19/11/2013 
Foto: JL. Rosa
Foto: JL. Rosa

Durante uma investigação de denúncia de cárcere privado, inspetores do 15° DP (Cidade 2000), comandados pelo delegado Hélio Marques de Carvalho, prenderam Roberto Lopes da Silva, 25, por crime de estupro de vulnerável contra uma garota de apenas 13 anos. O fato ocorreu na Travessa Rio Claro, no limite das comunidades Verdes Mares e do Trilho, no Papicu (zona Leste).
Roberto fugiu na primeira vez que os policiais foram lá, porém não escapou do segundo cerco. A garota estava bastante lesionada devido à última agressão sofrida. Depois de resgatada pela Polícia, ela foi entregue à família.
O titular do 15ºDP informou que contra o suspeito existem também acusações de tráfico de drogas e roubo. Na casa onde ele mantinha a adolescente como refém foram encontrados vários celulares tomados de assalto.
Os aparelhos foram devolvidos às vítimas e os que não foram reclamados estão no 2ºDP (Aldeota), pois os roubos foram praticados na Avenida Abolição.
Roberto Lopes utilizava a motocicleta Honda de placas NUR-4349 na fuga após cada assalto. O veículo também foi encontrado na residência. A vítima de agressões e abuso sexual estava com Roberto Lopes há cerca de três anos. Os familiares da menina eram ameaçados de morte constantemente. Os vizinhos contaram que sempre ouviam os gritos da garota, quando estava sendo espancada pelo bandido.
Na manhã desta terça-feira (19),  Hélio Marques de Carvalho recebeu um telefonema da colega delegada Ivana Timbó, titular da Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dececa). Ela queria informações sobre as acusações que pesam contra Roberto Lopes da Silva. O acusado foi transferido para a Dececa, mas terá de prestar depoimento no 2ºDP, devido às acusações de roubo.

Mãe é presa por vender virgindade da filha de 14 anos | O POVO

Mãe é presa por vender virgindade da filha de 14 anos | O POVO

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Polícia Federal deflagra maior operação já feita de combate à pedofilia

Agência Brasil
Atualizado em 19.11.2013 - 22h32

A investigação foi feita ao longo de dois anos e identificou quase uma centena de brasileiros envolvidos
Brasília- A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (19) uma das maiores operações de combate à pedofilia já feita no Brasil. A Operação Glasnost como foi batizada, já expediu cerca de 80 mandados de busca e apreensão, além de 20 medidas de condução coercitiva e pelo menos um mandado de prisão preventiva. A ação ocorre em 11 estados: Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Bahia e Goiás. Cerca de 400 policiais federais participam da operação.
Entre os alvos da operação há pessoas de todas as idades e profissões, incluindo um policial militar, um soldado da Aeronáutica, vários professores, bem como um chefe de grupo de escoteiros. Os investigados compartilhavam fotos e vídeos de crianças, adolescentes e até de bebês, muitos deles sendo abusados sexualmente por adultos, e as enviavam para seus contatos no Brasil e no exterior.
A investigação foi feita ao longo de dois anos e identificou quase uma centena de brasileiros envolvidos com a produção e o compartilhamento de imagens relacionadas à exploração sexual de crianças e adolescentes na internet. Em todos os casos em que foram identificados abusadores, foram tomadas providências imediatas, a fim de que os abusos fossem prontamente interrompidos.
De acordo com a PF além dos alvos da Operação Glasnost, mais de 200 suspeitos continuam sob investigação. Entre os suspeitos foram identificados, até o momento, três abusadores sexuais.Um deles abusava sexualmente da própria filha, de apenas 5 anos de idade, e compartilhava as imagens desses abusos na internet com outros pedófilos ao redor do mundo.
A equipe de policiais envolvidos na Operação Glasnost também identificou brasileiros residentes nos Estados Unidos. Eles estão sendo investigados com a colaboração da Agência Federal de Investigação dos Estados Unidos (FBI). O resultado final da operação, incluindo o número de pessoas presas em flagrante durante o cumprimento das medidas, deverá ser divulgado ainda hoje pela PF.
Edição: Marcos Chagas//A Polícia Federal (PF) corrigiu, às 21h, a informação divulgada em boletim e reproduzida pela Agência Brasil que entre os presos na Operação Glasnost estaria um oficial da Aeronáutica. Segundo a PF, entre os envolvidos em crimes de pedofilia está um soldado da Aeronáutica. Matéria corrigida às 21h20.
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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Gravidez precoce é tema de colóquio

Implicações

Gravidez precoce é tema de colóquio

04.11.2013
Trocar uma infância de brincadeiras para se tornar responsável por uma vida que está sendo gerada quase nunca é uma situação desejável. A gravidez em crianças e jovens ainda é um assunto que merece grande atenção, já que envolve diversos fatores, que serão discutidos por diversas Organizações Não-Governamentais e pelo Instituto da Infância (Ifan).

De acordo com Evelyn Einsentein, integrante da ONG Visão Mundial, a falta de informação e acompanhamento integrado são obstáculos Foto: Helosa Araújo

Durante os dias 7 e 8 de novembro, no Hotel Mareiro (Av. Beira Mar, 2380), o Colóquio Primeira Infância e Gravidez na Adolescência - Desafios e Repercussões Clínicas, Psicossociais e Políticas Públicas, contando com o apoio do Ministério da Saúde, da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), da Organização Pan Americana e Unicef, debaterá esse tema a fim de fomentar a discussão e fortalecer os conhecimentos sobre gravidez na adolescência e suas implicações na primeira infância, além de políticas públicas e intervenções de atenção primária e ações de proteção.

Na ocasião, serão lançados os livros "Esse Mundo Digital" e "A Contribuição da Estratégia Brasileirinhos e Brasileirinhas saudáveis para a construção de uma política de atenção integral à saúde da criança".

Estatísticas

Apesar de ser um assunto que vem sendo discutido há muitos anos, a preocupação continua. De acordo com a Sesa, de 2005 a 2012, o número de partos em adolescentes cearenses diminuiu em 20%. Apesar desta queda, os índices de mortalidade infantil de prematuros e baixo peso dos nascituros de mães adolescentes, ainda chama bastante atenção.

"Mesmo existindo distribuição gratuita de contraceptivos nos postos de saúde espalhados por todo o País, as adolescentes ainda estão ficando grávidas, ainda não têm os cuidados necessários, ainda chegam às unidades de atendimento somente após o segundo trimestre, após descobrir a gestação. Em outros casos, por repressão familiar, essa gestação é escondida", lamenta Evelyn Einsentein, integrante da ONG Visão Mundial, que fará parte da mesa de discussão do Colóquio Primeira Infância e Gravidez na Adolescência.

De acordo com ela, ainda há falta de informação e acompanhamento integrado, já que as mães adolescentes buscam atendimento tardiamente ou, até mesmo, não têm conhecimento de que está gestante. "Tivemos grandes avanços, mas as unidades neonatais continuam cheias", avalia.

"O Brasil inteiro está lutando por essa causa. O Ceará é um grande participante nessa discussão e na luta contra o aumento das taxas. Porém, o Norte e Nordeste ainda não conseguiram diminuir os altos números de mortalidade de mães adolescentes e bebês", destaca Evelyn.

Mais informações

Inscrições e programação completa: http://www.primeirainfancia.org.br/
Telefone: (85) 3268-3979
Um crime que limita a liberdade dos trabalhadores e trabalhadoras

O trabalho forçado ou obrigatório é qualquer tipo de trabalho ou serviço exigido a um indivíduo, sob a ameaça de qualquer tipo de punição, e para o qual tal indivíduo não se oferece voluntariamente.
Este será o eixo temático das atividades do mês de novembro: o trabalho forçado e sua relação com o trabalho infantil. Esta semana colocamos o foco na situação do Brasil, país em que no ano de 2003 cerca de 25.000 pessoas estavam submetidas a trabalho forçado.
A colocação em funcionamento, desde 1996, de diferentes iniciativas, como o projeto da OIT Combate ao Trabalho Forçado no Brasil, teve como resultado o resgate de mais de 5.000 pessoas só no ano de 2003, assim como a publicação de uma “lista suja” de empresas que se beneficiam do trabalho forçado.
Conheça mais detalhes destes programas e comente conosco esta situação no primeiro debate: Combate ao trabalho forçado no Brasil.
Além disso, já é possível descarregar as contribuições da América Latina para a eliminação do trabalho infantil, resultado das 4 etapas do IV Encontro Internacional contra o Trabalho Infantil. Descarregue-as gratuitamente através de nossa Biblioteca.