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quarta-feira, 26 de outubro de 2011


Seminário discute os desafios para as CEBs no Nordeste

Seg, 24 de Outubro de 2011 08:55 / Atualizado - Seg, 24 de Outubro de 2011 09:55 por: cnbb

comunicadasCEBScaruaruCerca de 35 assessores e assessoras das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), pertencentes aos cinco Regionais da CNBB no Nordeste, se reuniram desde o dia 20, na Fundação Santuário das Comunidades Eclesiais de Base do Agreste do Pernambuco, na diocese de Caruaru (PE), para participar do terceiro Seminário “As CEBs frente aos desafios do mundo contemporâneo”, promovido pelo Setor CEBs da CNBB em parceria com o Iser Assessoria, do Rio de Janeiro (RJ).
Este Seminário está na sequência de dois outros anteriores, realizados no Rio de Janeiro e em Brasília, e este último com assessores (as) das regiões Norte e Centro-Oeste.
O Seminário contou com a participação do padre Josenildo Lima, da arquidiocese da Paraíba, como assessor, e que trabalhou o tema “As CEBs: do Concílio Vaticano II à Aparecida”; o assessor do Setor CEBs da CNBB, Sérgio Coutinho, e Solange Rodrigues, do Iser Assessoria, trabalharam a “Identidade e Diversidade das CEBs”; Roberto Malvezzi, da Comissão Pastoral da Terra, do Regional Nordeste 3, apresentou “As CEBs diante dos desafios contemporâneos”, e procurou enfatizar a dimensão sócio-política; o sociólogo Alder Calado e o padre Reginaldo Veloso, ambos da arquidiocese de Recife-Olinda (PE), trabalharam os desafios para as CEBs no campo cultural e religioso. Já Hermínia Boudens, agente de pastoral da diocese de Caruaru, e o padre Nadir Zanchet, da diocese de Balsas (MA), apresentaram suas experiências de assessoria junto às CEBs apontando os aprendizados, os problemas, os desafios e pistas para o trabalho de assessoria.
Segundo Maria das Chagas, assessora da diocese de Campina Grande (PB), o seminário a “animou para animar, deu base para este serviço de assessoria, visando uma formação e a conscientização de nosso povo, para que seja sujeito de transformação”.
“Foi muito significativo para todos os participantes o local da realização deste seminário. Em 1989, as Comunidades Eclesiais de Base do Agreste do Pernambuco constituíram uma Fundação: a do ‘Santuário das Comunidades’ e, ao longo dos anos, ela construiu o seu próprio Centro de Treinamento que leva o mesmo nome”, afirmou Hermínia Boudens, coordenadora do Santuário.
O quarto e último Seminário está previsto para os dias 08 a 11 de dezembro, em São Paulo (SP), com assessores e assessoras dos Regionais Sul e Leste da CNBB.

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Gente simples
fazendo coisas pequenas
em lugares pouco importantes
conseguem mudanças  extraordinária.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

PRAIA DE IRACEMA


Entre as grandes obras que nossa gestão vem realizando para deixar a cidade cada vez mais bela, uma em especial tem grande valor afetivo e cultural para todos os fortalezenses: a revitalização da Praia de Iracema. Foi com muita tristeza que vimos, no final do século passado, a degradação daquele espaço que durante décadas foi cartão-postal de Fortaleza e um ambiente de convivência para seus moradores e turistas.

Não é exagero dizer que nossa cidade estava em dívida com a Praia de Iracema! Por isso, em 2005, fizemos um grande projeto de intervenção que vai do Espigão da Rui Barbosa até a Almirante Tamandaré, onde estamos construindo um Boulevard que chegará até o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.

Com um total de 22 intervenções e dividida em duas etapas, a revitalização da Praia de Iracema prevê investimento de R$ 48 milhões. Foi uma luta grande viabilizar esse total de recursos, mas os resultados podem ser constatados pelos moradores e visitantes.

As sete intervenções finalizadas já mudaram o perfil da então degradada Praia de Iracema! Por exemplo, a recuperação do calçadão no trecho entre a Rui Barbosa e a avenida Almirante Tamandaré trouxe de volta os coopistas e até atraiu um novo tipo de frequentador: os patinadores.

E nesta semana mais duas intervenções começam a se concretizar. Ontem, assinei a ordem de serviço do Espigão da João Cordeiro, e hoje assino a ordem de construção da Casa da Lusofonia. Esses,

assim como todos os equipamentos da nova Praia de Iracema serão gerenciados pelo Instituto Cultural Iracema, organização que criamos para gerir, fiscalizar e fazer a manutenção de toda a requalificação da praia.


Ate o final de nosso governo pretendemos transformar a Praia de Iracema num espaço de vida, socialização e encontro. Ela será verdadeiramente um local urbanizado e belo, e poderá exercer mais uma vez o papel de polo cultural.

E isso será uma conquista de todos nós que moramos em Fortaleza e que amamos a Praia de Iracema.

Luizianne Lins
luiziannelins@bol.com.br
Jornalista e Prefeita de Fortaleza

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

0/9/2011 

 ICC realiza 4º Seminário Rede de Cidades pela Defesa dos Direitos da Infância 

 
Com o objetivo de discutir questões relacionadas ao fortalecimento do Sistema de Garantia de Direito de Criança e Adolescente (SGDCA), o Instituto Camargo Corrêa reuniu, entre os dias 21 e 24 de setembro, em Guararema (SP), representantes de 15 municípios de nove estados brasileiros no Seminário Rede de Cidades pela Defesa dos Direitos da Infância. O evento reuniu aproximadamente 300 participantes dos municípios: Abre Campo (MG), Altamira (PA), Apiaí (SP), Bodoquena (MS), Cabo de Santo Agostinho (PE), Cristalina (GO), Fortaleza (CE), Ijaci (MG), Ipojuca (PE), Jacareí (SP), Juruti (PA), Pedro Leopoldo (MG), Porto Velho (RO), Santana do Paraíso (MG) e São Luis (MA).

Entre os presentes estavam representantes dos Conselhos de Desenvolvimento Comunitário (CDCs) dos municípios e demais participantes do programa Infância Ideal, iniciativa do Instituto Camargo Corrêa em parceria com a InterCement e a construtora Camargo Corrêa que busca contribuir para a proteção dos direitos da infância nos municípios onde o Grupo Camargo Corrêa está presente. Francisco Azevedo, diretor executivo do Instituto Camargo Corrêa, explica que o objetivo do evento é contribuir para que cada vez mais ações e políticas públicas sejam implantadas para garantir a proteção das crianças e adolescentes.

Foi a primeira vez que Genésio Pinto de Oliveira, presidente do Conselho Municipal do Direito da Criança e do Adolescente (CMDCA) de Altamira (PA), participou do evento e considerou as atividades bem produtivas. “O seminário proporcionou espaços de socialização, partilha e fortalecimento dos serviços do SGDCA que estamos envolvidos”, explicou. O evento também deixou os membros do  CDC de Pedro Leopoldo (MG) empolgadíssimos e focados nos objetivos para melhorar os resultados ligados à proteção da criança e do adolescente na cidade, garante Maurício Anacleto de Queiroz, gerente industrial da InterCement de Pedro Leopoldo e de Santana do Paraíso (MG).

Durante o evento, as palestras e reuniões temáticas discutiram projetos e políticas públicas relacionados à gravidez na adolescência; enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes e educação infantil. Em uma das palestras, Thelma Oliveira, coordenadora do Programa de Implementação do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), fez uma ampla apresentação sobre as políticas públicas para a infância e adolescência, os grandes desafios para enfrentar os problemas sociais nesta área, e a importância dos municípios realizarem os vários planos municipais relativos a estas políticas.

Outra atividade foi dedicada à apresentação do Redeca, um software desenvolvido pela Fundação Telefónica que se propõe a facilitar as políticas públicas municipais. A ferramenta registra o histórico de atendimento de cada criança, das famílias, se ela já passou por uma ONG, uma UBS, conselho tutelar, como foi, etc.. O sistema fortalece as redes de proteção à criança e ao adolescente. Talita Montiel, analista de projetos da Fundação, ministrou uma palestra sobre a ferramenta. Segundo ela, os problemas que os participantes do Seminário apontaram são os mesmos que a Fundação tinha antes de implementar o sistema. Agora, Talita acredita que o ICC e a Fundação Telefônica podem partir para um segundo passo, e pensar em estratégias juntos.

Além dessas discussões temáticas, no dia 22, o coordenador executivo da Oficina de Imagens, Adriano Guerra, fez uma palestra sobre como os boletins que estão sendo produzidos pelos Comitês de Desenvolvimento Comunitário (CDCs) são uma forma de mobilização social. A publicação dos boletins é fruto de uma parceria entre o Instituto Camargo Corrêa e a Oficina de Imagens, que está capacitando os CDCs a produziram seus informativos (Leia mais). Durante o seminário em Guararema, os participantes participaram de uma oficina extra e como lição de casa, para registrar as discussões, os quinze municípios participantes do evento estão fazendo uma edição especial sobre o próprio Seminário. A previsão é que esta edição seja lançada em outubro.


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domingo, 2 de outubro de 2011

A Paz de Obama é a Guerra!
Por Ali  El-Khatib

Barak Obama em seu discurso recente na 66ª Assembléia Geral da ONU ultrapassou o limite da arrogância e por que não dizer fora do rumo da história.
A paz da guerra necessária defendida por Obama, não interessa aos palestinos que desde 1948 sofrem todo tipo de humilhação, discriminação e agressão militar por parte de Israel com total apoio dos Estados Unidos.
Interessante é que os estadunidenses se apregoam como os defensores da liberdade e da democracia para todos os povos do mundo, mas negam no caso palestino. Por que esta parcialidade sempre em defesa de Israel? Será que o povo palestino mão merece a democracia tão apregoada por Obama?
Sim, os palestinos querem a democracia, mas não a democracia que os EUA levaram ao Iraque e à Líbia. Os palestinos querem ter seu estado, livre, soberano, democrático, com capital em Jerusalém e que seu povo tenha direito ao justo retorno.
Fica claro que Obama comete um retrocesso em sua política para o Oriente Médio esquecendo-se da Primavera Árabe, os anseios de transformação de toda a sociedade, de melhor forma de vida, trabalho, educação, bem estar e justiça social. Os EUA estão perdendo seus principais parceiros árabes como o Egito e possivelmente a Arábia Saudita. Até parece que Obama quer desencadear uma nova intervenção bélica na região.
A responsabilidade da comunidade internacional em acabar com as práticas expansionistas de Israel, apoiadas incondicionalmente pelos Estados Unidos que pode vetar no Conselho de Segurança da ONU de admissão da Palestina, com base nas fronteiras de 4 de junho de 1967, com Jerusalém Oiental como sua capital, como membro pleno das Nações Unidas. As discussões do Conselho de Segurança vão até o fim de outubro, e podem se estender até novembro.
A Limpeza Étnica
Os palestinos já romperam as barreiras do medo e do silêncio. Em suas Intifadas deixaram claro que a disposição em conquistar seus direitos é ilimitada.
A Intifada gerou um cenário único. Saíram às ruas com pedras contra um dos exércitos mais poderosos do mundo. Mostraram sua indignação ao sofrimento, humilhação coletiva de um sistema repressivo de um estado agressivo, expansionista que está sufocando todo um povo milenar através da limpeza étnica como bem define  o historiador israelense Ilan Pappe.
Israel procura de todas as formas inverter a verdadeira história. Pappe em seu livro A Limpeza étnica na Palestina deixa muito claro como foi a partilha da Palestina promovida pela ONU que a dividiu em três regiões: a palestina com 818 mil palestinos e 10 mil judeus em 42% de suas terras; a judaica com 499 mil judeus e 438 mil árabes em 56% da terra e Jerusalém internacionalizada, com 200 mil de cada comunidade em 2% da terra. Os palestinos maior parte da população com 1.456.000, ficaram com 42% de suas terras e hoje somente com 22% e totalmente ocupados pelas forças israelenses.
O muro da vergonha
O muro de Israel que continua sendo construindo na Palestina tem mais de 700km e tem aproximadamente 9m de altura. O de Berlim, levantado em 1961, tinha em torno de 155 km e 3m de altura. É a brutalidade da história se multiplicando.
A Assembléia Geral da ONU decidiu, em dezembro de 2003, dirigir à Corte Internacional de Justiça a seguinte consulta: “Quais são as conseqüências legais da construção do muro que vem sendo construído por Israel, o poder ocupante, no Território Palestino Ocupado, incluindo Jerusalém Oriental e perímetro urbano, como descrito no relatório do Secretário Geral, considerando-se as regras e princípios da lei internacional, incluindo a Quarta Convenção de Genebra, de 1949, e as resoluções relevantes do Conselho Geral e da Assembléia?”
Ao ver o mapa da Palestina fica claro que o muro não cerca a Cisjordânia, mas é construído dentro do território ocupado. Os palestinos ficam confinados em verdadeiros bantustões com restrições de ir e vir violando totalmente sua liberdade como nação. O Muro, além dos checkpoints, separa os camponeses de suas terras férteis, as famílias são separadas, os estudantes impedidos de irem às escolas, os doentes, as mulheres grávidas chegam a morrer antes de chegar aos hospitais.
Natanyahu ainda se julga no direito de culpar os palestinos por não quererem negociar. Negociar o quê, se já lhes foi tirado tudo? Agora vem com esta conversa que os palestinos têm que aceitar o Estado Judeu e que Israel continuará implantando novos assentamentos na Cisjordânia.
Os governantes israelenses dizem que os palestinos não querem a paz, mas são eles que ocuparam 78% das terras palestinas, violaram todas as leis internacionais, construindo assentamentos, anexando as Colinas de Golã a Região de Shibhaa do Líbano e o pior Jerusalém Oriental. Hoje, a Palestina virou um grande Campo de Concentração a céu aberto sob constante repressão do exército de Israel onde os direitos humanos são violados diariamente. Israel confisca a água palestina, degrada o meio ambiente, pratica a demolição de casas, escolas e hospitais. Devemos lembrar que O Estado de Israel teve um início conturbado, uma vez que os colonos sionistas passaram a colonizar a Palestina a partir dos anos 30.
ABBAS na ONU
Em seu discurso na 66ª Assembléia Geral da ONU , o presidente palestino Mahmoud Abbas reforçou a disposição palestina em negociar em todos os momentos aceitando as Resoluções da ONU, mas que são desconstruídas sistematicamente por Israel intensificando-se após os Acordos de Oslo.
Os relatórios das missões das Nações Unidas, bem como de várias instituições israelenses e das sociedades civis, transmitem uma imagem terrível sobre o tamanho da campanha de colonização, da qual o governo israelense não hesita em se gabar e que continua a executar por meio do confisco sistemático de terras palestinas e da construção de milhares de unidades de novas colônias em diversas áreas da Cisjordânia, especialmente em Jerusalém oriental, e da construção acelerada do Muro de anexação, que consome grandes extensões da nossa terra, dividindo-a em ilhas separadas e isoladas e cantões, destruindo a vida familiar, as comunidades e os meios de subsistência de dezenas de milhares de famílias.
A potência ocupante também continua suas incursões em áreas da Autoridade Nacional Palestina por meio de ataques, prisões e assassinatos nos checkpoints. Nos últimos anos, as ações criminosas das milícias de colonos armados, que gozam da proteção especial do exército de ocupação, intensificou-se com a perpetração de ataques freqüentes contra nosso povo, tendo como alvo casas, escolas, universidades, mesquitas, campos, plantações e árvores. Apesar de nossas repetidas advertências, a potência ocupante não agiu para conter esses ataques, e nós a consideramos totalmente responsável pelos crimes dos colonos.
O pronunciamento da presidente Dilma, primeira mulher a fazer a abertura solene da Assembléia Geral da ONU, sem dúvida fortaleceu o apoio internacional.
É bom lembrar sempre os ensinamentos de Edward Said, em um de seus brilhantes artigos “nenhuma cultura ou civilização existe isolada das outras, nenhuma entende estes conceitos de individualidade e de iluminismo como sendo completamente exclusivos. Nenhuma, existe sem os atributos humanos fundamentais que são a comunidade, o amor, a valorização da vida e de todo o resto”.
A Paz para a Palestina significa também a paz para Israel, razão pela qual Israel e os EUA deveriam ser os primeiros a apoiar a criação do Estado da Palestina.
Israel não está entendendo o que acontece,
Israel não quer a Paz.
Obama não quer a Paz.
Querem a guerra e seus vultuosos lucros.
Querem continuar a limpeza étnica do Povo Palestino.
Israel em um momento histórico responde com insanidade e desprezo ao mundo desrespeitando a comunidade internacional e avisa que construirá mais 1.100 casas em Jerusalém Oriental, ocupada militarmente. 
Ali  El-Khatib é sociólogo, superintendente do Ponto de Cultura Árabe - Instituto Jerusalém do Brasil e coordena o NEAF – Núcleo de Estudos e Pesquisa Árabes da FACAMP.