65 jovens são diplomados em cursos profissionalizantes
O projeto ViraVida diplomou ontem 65 jovens cearenses em três cursos profissionalizantes. Antes em situação de vulnerabilidade social e exploração sexual, hoje eles têm oportunidade de buscar uma vida melhor
29.07.2011| 01:30
Jair Meneguelli, presidente do Conselho Nacional do Sesi, participou do evento (DIVULGAÇÃO) “Eu achava que era só mais um projeto como tantos outros, mas me deu mais vida”, diz a jovem de 18 anos. A garota vivia com os pais em situação de risco e, em 2009, passou a fazer parte do projeto ViraVida, promovido pelo Sesi. Ela conta que participou de dois processos seletivos e foi aprovada para o curso de auxiliar de recepção. “Agora eu sei que posso sonhar com outros projetos e lutar pelo que quero”, afirma.
A jovem conta que o projeto foi importante para que passasse a sonhar com um futuro melhor: agora ela quer cursar uma faculdade de Recursos Humanos. “Ganhei confiança em mim mesma”. Em três anos, o ViraVida formou mais de 600 alunos de 16 a 21 anos de 12 estados do País, entre eles a jovem. Ontem foram diplomados mais 65 alunos nos cursos de costura industrial, gastronomia e auxiliar de pessoal/recepção.
Todos os alunos do projeto vieram de situação de risco, com histórico de vulnerabilidade social e exploração sexual.
Os participantes são selecionados por meio de indicação de ONGs, conselhos tutelares, igrejas e, em alguns estados, de sindicatos. Além do curso profissionalizante, que dura de nove meses a um ano, há também acompanhamento psicológico, atendimento em lazer e saúde e uma bolsa para garantir a permanência no programa.
Benefício
“O principal benefício do projeto é a recuperação da autoestima do jovem”, aponta Jair Meneguelli, presidente do Conselho Nacional do Sesi. O ViraVida é realizado através de uma parceria do Sistema S (Senai, Sesc, Senac, Sebrae e Sescoop), organizações não governamentais e empresas públicas e privadas. “Não há diferenciação entre os participantes do projeto e alunos de outros cursos, e as empresas têm compreendido essa causa”, afirma Jair.
Os familiares dos participantes do ViraVida também recebem acompanhamento. Segundo Jair, é uma forma de estimular o sucesso do projeto: “Não é possível o jovem viver duas vidas, uma no projeto e outra diferente em casa”.
O principal objetivo da ação, de acordo com ele, é melhorar o relacionamento na família.
ENTENDA A NOTÍCIA
O ViraVida trabalha com jovens de 16 a 21 anos em situação de risco. Em 3 anos, mais de 1.500 alunos foram matriculados nas 12 cidades em que o projeto é realizado. Segundo o Sesi, 80% estão inseridos no mercado de trabalho. Mariana Freire
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