Município não tem abrigo para criança
Anderleia Alves, conselheira tutelar de Cedro, diz que a cidade estava precisando da medida, pois, segundo ela, o Conselho Tutelar estava agindo sem amparo. “Isso inibe que mais adolescentes entrem na criminalidade. Os delitos, o uso e o abuso de drogas estavam passando do limite. Estávamos perdendo forças”, detalha ela.A conselheira diz que a medida tem o apoio da população de Cedro, mas as pessoas estão se perguntando se vai durar por muito tempo. “Diante da força tarefa, a gente está acreditando que é para valer”, aponta Anderleia. As diligências para fazer cumprir a medida envolvem conselheiros tutelares, guardas municipais e policiais militares.
A conselheira expõe o quadro de problemas na rede de atenção a crianças e adolescentes em Cedro. Segundo ela, muitas famílias têm pais alcoólatras ou sem moradia. Cerca de um terço da população de Cedro é formada por menores de 19 anos, segundo o Censo 2010.
Não há abrigos para receber crianças e adolescentes. “Não tem família que queira receber. As crianças continuam vivendo nas mesmas famílias, embora elas não ofereçam qualidade de vida e os direitos básicos”, diz.
O prefeito de Cedro, João Viana, cita os avanços na educação, com o pagamento do piso aos professores antes da obrigatoriedade e o índice desejável no Programa de Alfabetização na Idade Certa (Paic). A situação, porém, não é a mesma quando é analisado o desempenho dos alunos do 5º ano. O desempenho é “crítico” em Português e Matemática, segundo avaliação do Governo do Estado (Thiago Mendes).
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